sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Tema da I República obriga Mário Soares a demarcação ideológica

O tema da I República e a sua relação com as liberdades e garantias "obriga" Mário Soares a demarcar-se de um rumo político muito similar ao da I República.
Em 1910, muita gente dispusera-se a aceitar a República, na suposição de que seria um regime liberal e pluralista. Mas o regime, entre 1910 e 1917, não foi nada disso. Consistiu antes no domínio do Estado por um partido, o PRP de Afonso Costa, com uma orientação de esquerda revolucionária, onde se faziam todo o tipo de promessas sociais para atingir o Poder.


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" há certos radicais que querem ir adiante para mostrarem que são de esquerda"

O ex-Presidente da República, Mário Soares, afirmou, esta quinta-feira, que os casamentos entre homossexuais são uma questão de consciência, ao mesmo tempo que advertiu que não são esses os problemas fundamentais do país. (daqui)

Mário Soares respondia a uma questão colocada por um elemento da assistência após ter proferido uma palestra sobre a separação entre a Igreja e Estado desde a I República até à actualidade.
A actual conduta politica de vários quadrantes (com especial enfoque para o PS) tem-se tornado paralelo com o rumo político-social da I República. O casamento Gay chegou a ser incorporado como elemento essencial nas comemorações do centenário da implantação da república a 5 de Outubro de 2010, com o respectivo diploma a ser preparado para ser aprovado nessa altura. A ideia da sustentação social e política pela atribuição de liberdades, numa atitude de liberalismo e abertura de espírito,(sem olhar à relevância conjuntural ou sustentabilidade económico-social) não é nova: a I República, ainda antes de o ser, já debitava todo o tipo de promessas, promessas essas que tiveram consequências sociais desastrosas, como a fragilidade da condição feminina (uma lei de divórcio que beneficiava quem detinha o poder económico - os homens - pois às mulheres eram negadas várias liberdades para se sustentarem após separação), lei muito similar com a que foi aprovada recentemente, e a degradação das condições laborais e sociais (facilitismos nos despedimentos e oposição do Estado ao cumprimento de promessas feitas antes de 1910- a lei da greve foi aprovada sob coerção popular).

Fonte: Somos Portugueses

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