Aproveitando o espírito festeiro que tem dominado o país, não obstante o facto de atravessarmos a pior crise dos últimos 40 anos, penso que a Comissão para o Centenário da República não podia deixar em branco o dia de hoje, por ser, efectivamente, um dos mais sensíveis do regime: a defenestração de Afonso Costa. Procurei nos novos roteiros republicanos a menção a tal acontecimento mas foi em vão. Injustamente esquecida esta data, a recordamos aqui.
Foi no dia 4 de Julho de 1915 que Afonso Costa, grande paladino da República Portuguesa, pouco depois de ter entrado num eléctrico de Lisboa pela porta, dele saiu pela janela. Deveu-se este curto circuito a um estampido, seguido de clarão, que Afonso Costa julgou ser a um implosão ou atentado contra a sua vida. Quem com ferros mata, com ferros morre, terá pensado. Mas não. Foi um triste reflexo que lhe causou uma aparatosa saída do eléctrico, uma embaraçosa queda e uma não menos honrosa subida à galeria das imbecilidades da Nação, como é apanágio de políticos da sua lavra. Depois da defenestração de Miguel de Vasconcelos, (na imagem) nada melhor do que recordar esta segunda saída por tal abertura como um dos feitos mais gloriosos e infelizmente esquecidos que Portugal legou para a História da Humanidade.
1 comentário:
Seria oportuno fazer a recriação do facto histórico. O Grão-mestre António Reis tem o maior gosto em se oferecer para figurante.
M. Figueira
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