domingo, 31 de outubro de 2010

Santificada seja a Vossa República!



No último ano temos sido bombardeados com propaganda massiva sobre as vantagens de termos uma República. De como o regime, neste centénio, levou o país ao progresso, elevando Portugal, entre todas as  nações, ao modelo paradigmático de supra-desenvolvimento. E, muito embora, todos os dias a comunicação social contradiga este paradigma, certo é que muitos milhões foram gastos para refundar a ideia e a própria República passando uma esponja sobre o conflituoso e quase anárquico período de 1910 a 1926, e obliterando a memória do Estado Novo, já não considerada II República (mesmo apesar da Constituição de 1933 assim a designar), mas um triste parêntesis ditatorial de apenas ...48 anos! Talvez, se vivêssemos numa monarquia, a mesma quantia fosse gasta em exaltações. Mas para um regime que se arroga a uma sobriedade que os reinos não possuem, tais comemorações não são apenas censuráveis, são um acto criminoso.
Por outro lado, uma certa historiografia e um certo jornalismo têm colaborado nesta exaltação republicana. A RTP não faz mais do que o seu serviço. Tem-no feito desde a sua existência, ou seja agradar a quem está no poder, mais ou menos controlada politicamente pelo regime e pelos governos que por ele vão passando. Os seus funcionários são marionetas dos governantes. Nesse aspecto, as séries romanceadas que a televisão pública lançou sobre a pretensa "História" da República foram bem o testemunho da manipulação dos factos e a exaltação de alguns actores dessa épocas, ou seja, em resumo: os monárquicos eram os maus e os republicanos, claro, os bons. Segundo guionistas e alguns historiadores é impossível de fugir a esta trama. Não contentes, depois da republicanice  viral aguda que contanimou a nossa historiografia, a nossa política e os media faltava convencer-nos que a Igreja Católica era, afinal, uma peça essencial desse enorme puzzle chamado república portuguesa. Com o documentário Republicanos, graças a Deus! a RTP desembaraçou-nos, finalmente, desse pesado preconceito ideológico que opunha republicanismo a clericalismo e ficamos a saber que a separação entre a Igreja e o Estado foi uma libertação e que nunca as relações entre a Santa Sé e Portugal foram tão cordiais como depois de 1910. E obreiros do regime libertador alguns padres, quais arautos da liberdade, que odiavam o trono e urdiam desejos para beijar o barrete frígio. Isto é uma boutade, claro, para quem conhece um mínimo de História Religiosa e História Contemporânea de Portugal. Mas ainda assim, a RTP e os Rosas &; C.ª Lda., vão fazendo dos portugueses burros e de alguns pobres, vendidos. A Igreja, claro, faz como sempre fez: mudam-se os regimes, mudam-se os amigos. E talvez compreendamos que à Igreja agradasse andar de mãos dadas com a República Portuguesa. Sobretudo com a Segunda. Afinal as confiscações de 1911 foram quase todas devolvidas pelo Estado Novo e o catolicismo continua a ser largamente apoiado pelo regime. Com tão cimentada amizade talvez até um dia destes, numa eventual reforma do catecismo, venha uma nova oração ao Padre Nosso, dirigido não ao Seu Reino, mas à Sua República.

Contas da República e do Socialismo


"Portugal é neste momento o sétimo país do mundo mais arriscado (para se emprestar dinheiro). Pertencemos actualmente a um top 10 de risco que reúne nomes ilustres como Venezuela, Dubai, Grécia e Iraque. Portugal é considerado actualmente como duplamente mais arriscado que Rússia, Israel ou Colômbia.
(...) Foi desastrosa a gestão da imagem pública da República nos mercados internacionais este ano.
"

sábado, 30 de outubro de 2010

Palavras de um magistrado republicano


A História republicana guarda o seu nome com zêlo. Daniel Rodrigues, juiz, homem de fanatismos. Após o falhanço da Monarquia do Norte, não só envergou a beca, como abriu a boca, nos jornais.
Aqui ficam excertos da sua justiça: «o desbotado pavilhão do morgadio braganção», «rei D. Manuel da Ericeira», a «sua esposa boche», «maldita, sejas, trágica múmia de coroa».
Last, but not least: «Tudo deve ter o seu ajuste de contas. Tudo quanto represente provocação». Desde logo, «o ruído ensurdecedor dos sinos».
Ou seja, o repicar dos sinos - a rebate ou de alegria. Do povo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cronologia da república - 2ªedição - 29 de Outubro

  • 1913


Destruição do jornal católico “O Universal”

  • 1921

Explosão de bombas na sede das juventudes sindicalistas

  • 1923

Greve e agitação operária no Porto




Fontes

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Vêm aí as Presidenciais


Agora sim, já todos os concorrentes se apresentaram à linha de partida. São cinco, parece que definitivamente. Cavaco, Alegre, Nobre, Lopes e Defensor, eis os nomes dos atletas, apresentados de forma absolutamemte aleatória.
Estamos a poucos minutos da partida, mas já se gerou alguma celeuma. Os participantes na corrida discutem entre si de que modo as respectivas claques se hão-de manifestar - com ou sem outdoors?
Alguém alvitra que troquem esses papeis inúteis por brinquedos e instrumentos artesanais, como o tambor, o reco-reco. Fazem barulho e sempre agitam um pouco a pasmacenta economia nacional.
E é com um ar resmungão, de quem prosseguirá amanhã a discussão, que os candidatos se encaminham para os seus lugares, joelho ao chão, respiração funda. Vai ser dada a partida...
Partiram!!! Aí vão eles. Quatro voltas à pista e uma eventual volta mais, em caso de dúvidas sobre o vencedor. Mas não, aproximam-se já da meta, com um concorrente á frente, destacadíssimo. Quem será?, não o distinguimos entre a poeira levantada... Estranho, não o reconhecemos mesmo, agora que cortou a meta. Mas é um sexto participante, afinal...
Ah!, vejamos a sua dorsal. Correu magníficamente... e chama-se... FMI.

Recandidaturas, prazos e outras batotas!

Há tempos que me venho referindo a esta ‘ditadura do prazo’ (constitucional) que impede que os portugueses se pronunciem sobre o rumo que pretendem para o país! São seis meses ou mais em que o ‘suposto’ árbitro não pode apitar nem marcar faltas, especialmente as mais graves, deixando o jogo prosseguir de acordo com as conveniências (e as politiquices) dos partidos políticos! Esta ‘suspensão democrática’ deve ser caso único na união europeia como também deve ser caso único esta obediência servil a uma lei que foi (mal) feita por uns quantos portugueses e que portanto (calculo eu) pode ser mudada por outros. A não ser que estejamos perante um texto sagrado!

Noutra vertente, a actual constituição republicana também faz batota quando limita a duas a sequência de recandidaturas à chefia de estado. Mas afinal que interesses pretende a república proteger?! O que leva o regime republicano a condicionar (mais uma vez) o sufrágio universal, limitando assim a vontade dos portugueses?! Será que tem medo que a república se transforme, de facto, numa monarquia electiva?! E já explicou isto aos portugueses a ver se eles concordam com o argumento limitativo?! Argumento que na prática apenas mascara a realidade de previsíveis recandidaturas que acabam (quer queiramos quer não) por subverter o regime.
São perguntas e mais perguntas feitas a um país que sobrevive amordaçado por uma ideologia estranha à sua cultura, aos seus interesses, e apenas ao serviço de uma minoria!

Saudações monárquicas

Cronologia da república - 2ªedição - 28 de Outubro

  • 1922


Greve dos mineiros de Aljustrel

  • 1923

Tumultos populares no Porto

  • 1924

Greve de trabalhadores em Guimarães





Fontes

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

E continua a sondagem no Aventar...

Um blog onde a esmagadora maioria dos participantes - quem escreve e quem lê - é da esquerda. Ora vejam os resultados às 14.03H de hoje:

  • Duarte Pio (50%, 555 Votes)
  • Não voto (30%, 327 Votes)
  • Fernando Nobre (7%, 82 Votes)
  • Candidato Vieira (6%, 66 Votes)
  • Cavaco Silva (3%, 33 Votes)
  • Manuel Alegre (1%, 14 Votes)
  • Em branco (1%, 12 Votes)
  • António Pedro Ribeiro (0%, 4 Votes)
  • José Pinto-Coelho (0%, 3 Votes)
  • Francisco Lopes (0%, 3 Votes)
  • Defensor Moura (2%, 1 Votes)

Total Voters: 1.105

Cronologia da república - 2ªedição - 27 de Outubro

  • 1911


Congresso do partido republicano apelidado de “circo dos cavalinhos”. Começa com 600 e acaba com 280 delegados

Com a vitória dos partidários de Afonso Costa, há a divisão entre os apoiantes de Brito Camacho e António José de Almeida

  • 1912

Assalto de repartições públicas e queima de documentos em vila flor

  • 1917

Decreto de mobilização agrícola

  • 1918

É fechado o jornal “O Minho” de Viana do Castelo




Fontes

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vamos tentar uma...

... que os esclareça de uma vez por todas. Se nas próximas "presidenciais" os portugueses levarem a abstenção a um resultado superior a 50% do universo eleitoral, talvez o "caso" mude de figura.

Entretanto, o blog Aventar está a proceder a uma sondagem acerca das eleições presidenciais. Entre os candidatos Cavaco Silva, Manuel Alegre, Francisco Lopes, Fernando Nobre, Vieira, José Pinto-Coelho e Defensor Moura, surge D. Duarte Pio. Às 17.15H de hoje, o Duque de Bragança ia folgadamente à frente, com 63%.

Façam o favor de visitar o Aventar.


"A multidão que acorreu ao funeral"

"(...) Três anos depois, porém, já estava nas tanoarias do Paço do Bispo, em Lisboa, onde foi aprendiz de tanoeiro. Ali ficou até aos 14 anos - aos 13, correu para ver passar o cortejo fúnebre de D. Carlos e do príncipe Luís Filipe, assassinados no Terreiro do Paço, e quase morreu esmagado pela multidão que acorreu ao funeral."

Mais uma vez se prova, até em documentos biográficos, que o povo ocorreu massivamente a despedir-se do seu Rei e que o espírito regicida-genocida republicano não colhia adeptos senão na escumalha que arruaçava o país.

obscura fibra


O despesismo podia proliferar, numa Monarquia, sem ser numa República?
Poder podia... mas não era a mesma coisa...

Do Metro de hoje

«Abre a caça na coutada de Belém» - hoje com o anúncio de mais uma candidatura, a de Cavaco Silva.
NUNCA NINGUÉM DISSE TANTO EM TÃO POUCAS PALAVRAS!!!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

baixa fibra


Os salafrários conseguiam viver, numa Monarquia, sem a República?
Poder podiam... mas não era a mesma coisa...

Birds of a feather flock together*

Publicada em Vias de Facto. Clique para aumentar.


A árvore genealógica acima publicada é um extraordinário documento sobre a perpetuação do poder económico e político em Portugal nos últimos 150 anos, entregue a uma burguesia liberal e económica, próxima da maçonaria. Esta nova aristocracia nada tem a ver com o conceito de aristocracia portuguesa do Ancien Régime, a qual, aliás, estava (como sempre esteve), nas vésperas do liberalismo, falida e totalmente dependente dos credores. Pelo contrário, os senhores das famílias Silva, Mayer, Espírito Santo e outras, construíram-se nos balcões da mercearia, conspirando contra a velha Ordem, segundo eles decrépita e avessa ao progresso. Mas como acontece com qualquer complexo mal resolvido, o objecto odiado é também o objecto do desejo e, nesse sentido, não foi preciso muito para que a velha Ordem fosse substituída por um novo estado de coisas, governado por esta oligarquia de antigos marçanos que acalentaram a ideia de República para o bom sucesso dos seus negócios. Os netos, bisnetos e trinetos desses senhores ainda aí estão, financiando a causa republicana, enquanto ela lhe for útil aos seus negócios. E ainda há quem se espante com isto.

* provérbio inglês, cuja tradução pode ser "pássaros da mesma plumagem acasalam entre si".

Cronologia da república - 2ªedição - 25 de Outubro

  • 1913


É fechado o jornal “O Germinal” de Setúbal

  • 1917

Nas eleições para a vaga de um deputado e de um senador no círculo ocidental de Lisboa votam apenas 14% dos recenseados




Fontes

domingo, 24 de outubro de 2010

Ave Cesar!

Assim se exprimiu hoje o nosso Pretor ao receber em Viana o Imperador Chavez. Há quem jure o tenha visto levantar, bem esticado, o seu braço direito. A nossa República cesarista tem prezado particularmente receber grandes figuras da autocracia internacional. Vejamos alguns nomes: Franco, Café Filho, Arafat, Samora, Agostinho Neto... e hoje - Hugo Chavez.
Alguém se lembra de mais?
E já agora: quem mais beneficiou do entusiasmo popular, em visitas de Chefes de Estado a Portugal? Se a memória não me falha, ninguém conseguiu bater a Rainha de Inglaterra. Mero acaso?

Desculpem, sou só eu pasmar ou o nosso governo perdeu a noção do ridículo?


Diz o ditador-"democrata": a distribuição de computadores a crianças em idade escolar se "insere num dos princípios mais nobres da revolução bolivariana: a educação, a revolução do pensamento crítico e criador".
Mas... será que a política do nosso desgoverno se insere na "revolução bolivariana"? Que pose ridícula de meretriz faz o primeiro ministro deste desgoverno decadente. Que somos fruto da revolução terrorista repúblicana, já sabia(mos) mas que eramos propensores da tirania "bolivariana" não sabia... que maravilha...!

Cronologia da república - 2ªedição - 24 de Outubro

  • 1923


Greve em São Pedro da Cova

Várias prisões em São Pedro da Cova

Encerramento da sede do sindicato em São Pedro da Cova

Encerramento da chamada sopa comunista em São Pedro da Cova




Fontes

sábado, 23 de outubro de 2010

República e Centenário no D.N.

"Esta semana, deu aos incansáveis comemoradores oficiais dos 100 anos da República para irem hastear uma enorme bandeira portuguesa no arco da Rua Augusta. A funçanata teve a presença de vetustos adornos republicano-socialistas como Mário Soares, de alguns governantes de segundo plano e figuras camarárias, e da fanfarra da GNR, e ainda direito a cobertura dos telejornais.

No dia seguinte, os cabos que seguravam a bandeira deram de si e ela caiu (a televisão não estava lá, claro). A bandeira foi hasteada de novo, mas algumas horas depois já tinha uma das pontas a esvoaçar. No Facebook, nos murais das pessoas que seguem de perto os assuntos relativos a Lisboa, o ridículo da bandeira do arco da Rua Augusta era abundantemente comentado e até já se faziam apostas sobre quanto tempo demoraria até o pano verde-rubro voltar a cair.

Este episódio da bandeira que é pomposamente hasteada com a presença de individualidades sortidas, charanga e comunicação social, e depois é deixada a sofrer tratos de polé porque o trabalho ficou mal feito, é bem demonstrativo do caricato destas dispendiosas e mal-amanhadas comemorações, que não despertam um farrapo de entusiasmo na esmagadora maioria da população, passando no meio da indiferença quase geral.

A III República esperneia no meio de uma crise como Portugal só viu no tempo da I República, e este episódio da bandeira do arco da Rua Augusta é também simbólico do estado a que chegou o regime, e como que premonitório do futuro nacional. Por este andar, os republicanos nem os 110 anos do 5 de Outubro comemorarão."

Eurico de Barros

Cronologia da república - 2ªedição - 23 de Outubro

  • 1912


Greve de tanoeiros no Porto

  • 1917

É fechado o jornal “A Madrugada” de Castelo-Branco




Fontes

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Finalmente a união...


Finalmente a República consegue congregar os portugueses. Não em volta da bandeira ganesa, mas centrados numa preocupação maior, que bate à porta de todos nós. A da votação do Orçamento de Estado.
Tudo porque, comemorando o seu inefável centenário, o Estado republicano ameaça a bancarrota.
Sibilino modo de atrair atenções! Os fins justificam todos os meios, para grandes males, grandes remédios. Ninguém prestou atenção ao dito Centenário? Tomem lá pobreza. É da maneira que a gente liga aos trabalhos da sua Assembleia. Do Parlamento e da democracia, nos países civilizados.
Enquanto isso, os abutres passeiam entre o povo. À procura de carniça. De dinheiro - de tributos.

Como vai Liberdade de imprensa na República Portuguesa?

E se logo após 1910 fizessem este ranking??

Inadvertidas palermices


Foi agradável, esta merecida homenagem ao homem que aboliu a pena de morte, paradoxalmente aplicada ao seu filho e neto, pelos criadores do regime que o prof. Cavaco Silva representa. No entanto, embora seja sumamente tola, "esta gente" podia poupar a memória do rei, à desfaçatez da prévia cobertura da sua estátua com a coisa da Carbonária. A Câmara da Covilhã bem devia ter usado a sua bandeira municipal. Sinceramente...

Cronologia da república - 2ªedição - 21 de Outubro

  • 1910


O governo demite o bispo de Beja

  • 1912

Ataque ao posto da GNR pela população em Coruche

  • 1913

Primeira outubrada - revolta monárquica

  • 1914

Destruição do jornal “Noticias de Évora”

  • 1920

Greve de alfaiates em Lisboa

  • 1921

Tentativa de assassinato, em Leiria, do industrial Alfredo da Silva

CGT reclama a libertação dos sindicalistas detidos






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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Centenário do bronze... monárquico!


Esta manhã e iniciando a sua campanha eleitoral, o prof. Cavaco Silva foi à Covilhã e homenageou o rei D. Luís I. A república portuguesa anda cheia de azar, pois nem sequer consegue inaugurar qualquer coisa que homenageie no bronze, qualquer um dos seus escusos heróis. Nem o Costa, nem o Almeida, nem o Bernardino, nem o António Maria da Silva - quem? -, nem o Dente d'Ouro, ou o Buíça. Sim, esse mesmo Buíça que na companhia de outros "homens generosos e amigos dos seus amigos", matou a tiro o filho e o neto daquele que hoje tem uma estátua da Covilhã. Sim, esse mesmo D. Luís que assinou a abolição da Pena de Morte e que viu outro neto ser expulso à bomba e a tiro pelos terroristas do Partido 7%. O mesmíssimo D. Luís que era marido de uma senhora e sogro de outra, também expulsas pelo mesmo bando, às ordens do tal Bernardino e do Almeida, dois dos antecessores de sua excelência.

Este Centenário tem sido maravilhoso. Para nós, claro.

Tudo bem

"No fundo esta república nunca foi dirigida por pessoas sérias mas por evangelistas da boa vida. Uns escroques com outros escroques que sabiam ler fizeram uma revolução em 1910. À lei da bala. Seguiu-se o caos até 1926. À lei da bala. Segui-se uma ditadura. À lei da bala e da refrega. Seguiu-se uma "revolução" em 1974. Os escroques voltaram e com eles muitos oportunistas que sabiam ler. Escreveram uma constituição surrealista e montaram uma feira de vaidades. O país foi vendo, fica a ver".

Cronologia da república - 2ªedição - 20 de Outubro

  • 1911


António José de Almeida é espancado por Carbonários em Lisboa

  • 1913

Tentativa de derrube da Republica

Destruição dos jornais “Dia” e “Nação” em Lisboa

  • 1914

Segunda Outubrada - revolta monárquica

Corte das comunicações telefónicas e telegráficas com o norte do país

Incidentes em Bragança

Destruição do jornal “Jornal da Noite” em Lisboa

Destruição do jornal “Restauração” em Lisboa

Destruição do jornal “Talassa” em Lisboa

Destruição do jornal “Ridículos” em Lisboa

  • 1919

Conflito entre os industriais de conserva e os marítimos em Setúbal

  • 1921

O governo suspende a constituição





Fontes

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Crise? Qual crise?

A crise é uma miragem nossa, cidadãos e contribuintes. Prova-o o Portal Oficial da Comissão para as Comemorações do Centenário da República que foi adjudicado ao designer Henrique Cayatte, por ajuste directo, pelo preço de €99.500,00. Enfim, não teve, assim, de ir a concurso público...
Qualquer dúvida pode ser esclarecida através deste link:
É caso para dizer que, com muito menos, conseguimos muito mais: mais visitas, mais participação, mais interesse de todos.
E, em 5 de Outubro, nada que se assemelhasse a meia dúzia de sicários e duas dúzias de figurantes, além dos figurões do regime.
Ainda assim... numa outra reencarnação, serei republicano. Não na próxima; na seguinte. Para me ir habituando, e não vá ganhar o euromilhões entretanto.

O ar da República...

(...) É paradoxal: os reis constitucionais cultivavam, na rua, a dessacralização do poder. A República, porém, fecha-se nos seus palácios. Nos anos 70 e 80 do séc.XIX, o rei D.Luiz, pai de D.Carlos, ia todas as tardes ao Rossio, beber a sua ginginha com os amigos. Sozinho e sem segurança. Qualquer súbdito poderia trocar dois dedos de conversa com o rei, que se apresentava no seu grosseiro jaquetão burguês, e trocar com ele umas palmadas nas costas. Hoje, qualquer mísero secretário de Estado passa em carros topo de gama de vidros fumados, alheio à plebe. O ar da República está irrespirável. (...)

- Filipe Luís, O ar impuro da República, na Visão.

A festa continua - Novidades das Comemorações da República

As comemorações do centenário da república ainda vão no adro. Depois da função pública, bombeiros, magistrados, associações de estudantes, agora a PJ. Ainda falta um tempo para dia 23 de Novembro. Será que os militares vão aderir à greve?

Adenda: será que o "republicanismo" português vai também nisto copiar a "amiga" francesa??

*(Foto) Na França o termo "greve" tem um espírito mais avançado! Claro, vindo de um povo que jubila por guilhotinas...

Vai uma revisão constitucional?

Nesta hora em que a República portuguesa depende do Orçamento em votação na AR, recordo o deputado Vieira de Castro, do PSD, nos debates da revisão constitucional em 1997, a propósito dos limites materiais desse mesma revisão:
«Queremos trazer para a Constituição Portuguesa um princípio que está consagrado na Constituição republicana desde 1793. Pode ler-se no seu art. 28º: "Um povo tem sempre o direito de rever e reformar a sua Constituição. Nenhuma geração pode sujeitar as gerações futuras às suas leis"».

Cronologia da república - 2ªedição - 19 de Outubro

  • 1911


Manifestação de carbonários contra os jornais “O intransigente”, a “Republica” e a “Luta”



Existem 500 presos políticos

  • 1915

Greve dos soldadores de Setúbal

  • 1921

Golpe outubrista, maquinado pela maçonaria onde são assassinados António Granjo, Machado Santos, Carlos da Maia, Freitas da Silva e Botelho de Vasconcelos. Abel Olímpio, principal assassino da camioneta da morte apenas fez o trabalho sujo da maçonaria que visava derrubar António Granjo por este não obdecer ao Grémio Montanha

Governo nº 28 da república presidido por Manuel Maria Coelho (17 dias) Um gabinete composto por populares ligados a Júlio Martins. Muitos membros do governo não querem tomar posse com medo da vaga de assassinatos.

Ameaça de intervenção estrangeira. Fundeiam no Tejo três navios de guerra: Um Francês, um Espanhol e um Britânico

Segundo a opinião de Raúl Brandão, sobre o golpe outubrista, fala da epilepsia da desordem causada pela utopia repúblicana

O assassino de Sidónio País é libertado





Fontes

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vaidades...


Informação interessante, AQUI!

Cronologia da república - 2ªedição - 18 de Outubro

  • 1911


Saneamento de dois professores da Faculdade de Direito de Coimbra

  • 1917

Protestos dos Bombeiros Municipais de Lisboa, sendo o quartel invadido pela GNR

Egas Moniz cria o partido centrista

  • 1919

É fechado o jornal “ A Província” de Coimbra

 
 
 
Fontes

domingo, 17 de outubro de 2010

Extingam-se e fundam-se!


Já podiam tê-lo feito há muitos anos, ou melhor ainda, jamais ter criado semelhantes coelheiras. Essas tocas institucionais são quase invisíveis, embora todos se dêem conta da sua existência. Ver para crer, eis o que todos querem e para isso, o sr. ministro poderia começar por esvaziar os pneus a um certo tipo de ostentação que por cá entope as estradas. Esta dispendiosa sucata a prazo, também desfilou no 5 de Outubro. É pouco? É, mas a partir daqui, cria-se o tal "estado de espírito".

sábado, 16 de outubro de 2010

A Plataforma do Centenário da República no Facebook

Plataforma do Centenário da República

Divulga também a tua página

Uma vez mais a Plataforma do Centenário foi banida do Fecebook. Tenham a caridade de divulgar a nossa nova página: nós somos mais teimosos, não desistimos!

Comissão do Centenário da República - os gastos imorais

Cronologia da república - 2ªedição - 16 de Outubro

  • 1911


Afonso Costa defende a intransigência com os inimigos da Republica

55 pessoas são presas sob a acusação de tentarem derrubar a Republica

Incursão realista no norte de Portugal

  • 1913

É fechado o jornal “7 de Julho” de Chaves

  • 1915

O governo determina a colocação de bustos da república em todas as salas de audiência dos tribunais

  • 1918

Ataque a uma coluna de 153 presos políticos em Lisboa

  • 1921

É fechado o jornal “Voz de Guimarães”

  • 1925

O governo extingue a repartição central da secretaria do governo civil de Lisboa






Fontes

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Qual saúde... da república...?


O Candidato de Todos os Portugueses está a mandar-se calar? Porque é que a verdade “faz mal à saúde da República (...)"??


Os "primos" das Choças nesta choça encarbonada



"«Havia os Canteiros, as Choças, as Barracas, as Vendas e a Alta-Venda(...). Os Chefes da Choça eram Mestres da Barraca, o desta Mestre da Venda.
(...)

Na Carbonária encontravam-se Primos de todas as classes sociais: médicos, engenheiros, advogados, professores de todos os ramos de ensino, estudantes, oficiais superiores do Exército e da Armada, sargentos, alguns administradores do concelho, funcionários públicos de todas as categorias e de todos os ministérios, proprietários, lavradores, comerciantes, lojistas, empregados no comércio, actores, operários, cocheiros, condutores e guarda-freios dos eléctricos, empregados dos caminhos de ferro, alguns agentes e guardas da polícia, etc. Havia de tudo na Carbonária».

António Ventura, A Carbonária em Portugal, Biblioteca Museu República e Resistência, 1999"

Ética Republicana do Estado Portugues










Cronologia da república - 2ªedição - 15 de Outubro

  • 1918


Confrontos bombistas em Lisboa

O comandante do regimento de cavalaria 5 em Évora é assassinado em Évora

  • 1920

É fechado do jornal “A bandeira vermelha” de Lisboa





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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Frases lapidares na República


Esta é de Fernando Charrua e valeu-lhe incómodos diversos: «Estamos num País de bananas, governados por um f... da p... de um primeiro-ministro».
A quem se referiria Charrua?
Em qual das Repúblicas?

O despertar dum povo

Uma nova "dinâmica" nos orgãos de soberania

Por outras palavras, todos começam a dizer o mesmo, têm é o preconceito de admitir que a verdadeira mudança (dinâmica) começaria pela mudança na arquitectura do Estado, na eliminação da rede tentacular dos orgãos de soberania e na representação do chefe de Estado. Um chefe de estado descomprometido, isento e que "puxasse isto a sério", através da mobilização suprapartidária.

"Que pequenino efeito?
(...) Precisávamos de uma dinâmica nos órgãos de soberania e termos um Presidente que puxasse isto a sério e não temos.

Mas o Presidente da República está empenhado em que o PSD viabilize o OE...
Na fase actual, as preocupações em relação à passagem do OE situam-se naqueles que dominam o "centrão político" para se manterem no poder. Este pingue-pongue podia ser dinâmico, mas é um jogo. Por isso é que há pouco falava numa certa burguesia instalada que é preciso instabilizar. (...)

O PSD viabilizará o OE?
Estou convencido de que viabilizará. Mas só por uma lógica de manutenção do poder. E é aqui que entra a fragilidade do cenário das presidenciais. O actor [PR] é muito fraco e comprometido com o processo.

Saque directo


Sob o enfastiado olhar de D. Luís I que do alto escutou algumas verdades e bastantes efabulações, realizou-se um seminário internacional sobre a I República, no âmbito das comemorações da mesma e com direito de transmissão no canal de tv Parlamento. Exactamente, a Comissão decidiu-se pela verdade: comemoram a 1ª República e todos os debates e obras que têm surgido, invariavelmente se debruçam sobre este exclusivo tema. Sintomático.

Por outro lado e à boa maneira de certos regimes desaparecidos no final do século XX, verificam-se súbitos desaparecimentos de provas de gastos em actividades de lazer, com as quais os lambões do erário mutuamente se brindam. As somas são astronómicas e os leitores podem saber do que se trata, AQUI! Um jantarzinho por 150.000 Euros, umas "sete maravilhas" ao módico preço de 1.100.000 Euros, uma farra na Bolsa de Lisboa a 196.000 Euros, uma festa de aniversário (!) que subiu à estratosférica soma de 150.000 Euros e por aí adiante.

Garantimos não ser qualquer questão de "adiantamento", pois consiste apenas, num "saque directo".

Em simultâneo, começou o carnaval pelo qual tanto aguardávamos. Alegre acusa Cavaco da contratação de crianças em escolas, para o número da "multidão na rua". O problema não estará na atitude do rival, mas no facto de não poder fazer o mesmo.

Cronologia da república - 2ªedição - 14 de Outubro

  • 1924


Encerramento de várias casas comerciais contra a legislação sobre impostos

Tumultos no Porto e em Espinho contra o lock out




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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mocidade onde tu andas


Este candidato a ser "o representante de todos os portugueses" não aprova criançinhas com bandeirinhas prefere a mocidade com canetas na mão junto à urna da nação.


A despótica república

A notícia que vem hoje na página 19 do Correio da Manhã (sem versão online) foi-me dada ontem ao telefone pelo seu pai atónito: Sebastião, acabara de voltar para casa proibido de participar numa sessão sobre o Centenário da República na Escola Secundária de S. João do Estoril por envergar uma t-shirt azul como a da fotografia. Este acto de descarado despotismo só se compreende na velha óptica republicana que por um ideal que acreditam sagrado e indiscutível se condiciona a liberdade de escolha e de expressão às pessoas. Da minha parte até percebo a cautela destes zelosos milicianos do regime: da minha experiência em escolas onde se promoveram debates francos e abertos sobre a monarquia e república, foi surpreendente a adesão e o entusiasmo dos alunos, sempre rebeldes, pela opção monárquica, ou simplesmente pela desmontagem da propaganda dos poderosos. Força Sebastião! Força Sebastiões!

PS: Para os interessados este modelo de camisola encontra-se à venda aqui.

5 de Outubro de 2010: os luxos deles (2)


Olha... é ou não é o teu IMI?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A malaposta republicana.


Foi em 1961 que se inaugurou o primeiro troço da auto-estrada Lisboa-Porto. Duas dezenas de quilómetros, desde a capital até Vila Franca de Xira. Seguir-se-ia, a norte, o pequeno troço até os Carvalhos. E durante décadas não aconteceu mais nada - porque não ocorrera ainda a desão à CEE e escasseavam os esmoleres.
Lembram-se? A EN1 atravessando sucessivamente S. João da Madeira, Oliveira de Azemeis, Águeda, Coimbra, Leiria... Lembram-se desse inferno? Já nos suspiros derradeiros do século XX!
Finalmente ganho o Toto-CEE, a obra lá se retomou, sendo concluida em 1991. Apenas há 19 anos as duas principais cidades portuguesas se encontram ligadas por uma auto-estrada!!!
A culpa é, claro, da longa noite monárquica - oitocentos anos em que nenhum rei se lembrou de mandar fazer... auto-estradas.

Agradecidos pela deferência



Pela net fora, circula uma imagem que pretende fazer humor às custas da mais antiga organização política portuguesa, a Causa Real (Monárquica) que como todos sabem, fará 100 anos em 2015. Talvez tivessem pretendido chamar-nos de "azeiteiros" ou pior ainda, uma gente do passado, agarrada a coisas vetustas e sem mais valia.

Pois fizeram-nos um grande favor. O país letrado ou não, sabe instintivamente que a melhor garantia do porvir, será a apresentação ao mundo, daquilo que de melhor Portugal pode e sabe fazer. A produção tradicional - azeite, frutos secos e outros produtos agrícolas incluindo o vinho, excelentes conservas, doçaria regional, têxteis de elevada qualidade, etc - sempre bem vendida e consumida dentro e fora de portas, consiste naqueles bens de "valor acrescentado" que o amnésico residente de Belém desprezou na sua áurea época de mundos e fundos comunitários. Aí está, talvez pela graciosa mãozinha de um republicano, a reposição da verdade. Uma foto bem feita, com uma bela embalagem que exalta o melhor de Portugal. Um produto tradicional de excepção e de consumo quotidiano, amigo da saúde e do ambiente, consiste num precioso estímulo à ocupação do território que as pré-sucatas VW, as torres de escritórios e as negociatas bolsistas pretendem esvaziar. Para cúmulo, o chalaceiro ainda colocou as armas nacionais que adoptaremos quando a Monarquia for instaurada. Nada havendo para restaurar, será esta esfera armilar convenientemente adornada, a mostrar a capa dos passaportes de todos os portugueses. De todos.

* Apenas uma nota: agradecíamos que substituísse "oliva", por oliveira.

Ana Gomes, à beira de - mais um - ataque de nervos


No blog Causa Nossa - atenção, o nome é enganoso e ainda por cima, não admite comentários - a dra. Ana Gomes esperneia devido à condição das mulheres portuguesas, aproveitando para listar as inúmeras funções que estas meritoriamente ocupam, desde o jornalismo à diplomacia, segurança ou missões militares. Tem toda a razão naquilo que diz, até porque a sua amada república não foi, não é e nem previsivelmente será, um bom exemplo.

Percebemos o que a deputada quer transmitir aos seus numerosos leitores. Já foi embaixadora - termo feio e encartado à medida da "modernidade" -, deputada cá e agora, deputada lá. Pelo que se pode depreender da catilinária, falta-lhe um ministério, talvez aquele em que o croquette fez escola e ainda é pronunciado à francesa. Talvez.

Fique descansada a ruidosa e expansiva deputada "de lá". Durante a Monarquia, Portugal contou com duas mulheres no trono e com outras que de facto, reinaram como regentes. Assim, de cor, contamos seis que por longo tempo estiveram à cabeça do Estado e nem sequer nos daremos ao trabalho de mencionar tantas outras, que por diversas razões, assumiram o lugar primeiro. A última, foi Dª Amélia, precisamente aquela senhora que os "heróis do 5" expulsaram. De nada valiam as pressões de grupos nas Cortes, nos interesses bem instalados e aqueles outros, quiçá decisivos, provenientes dos homens do círculo familiar. Puseram, dispuseram, gizaram políticas no âmbito interno e externo, mantiveram a hierarquia militar em sentido e bastas vezes, foram decisivas para a obtenção de grandes sucessos que consolidaram a independência nacional.

Ora pense a senhora deputada nesta ironia. Se Portugal existisse em vez da actual república portuguesa, Ana Gomes até poderia ser a chefe de governo de uma rainha. Quem sabe?

5 de Outubro de 2010: os luxos deles (1)


Olhe..., o seu IRS sobre rodas!

Esperança de vida presidencial!

Estavam três presidentes mas tudo indica que num próximo programa (não muito longínquo) estejam mais, com mais mordomias, e mais despesa a recair sobre o orçamento de estado. Sem falar nos gastos com as eleições, que servem apenas para dividir os portugueses. Com efeito, e como também se verifica, os presidentes são considerados irresponsáveis pela situação a que chegámos (à boa maneira da realeza) pois todos são invariávelmente contemplados com palmas e sorrisos embevecidos!
Já ninguém se lembra que Ramalho Eanes protagonizou uma experiência partidária frustrada e frustrante, já ninguém se lembra que foi Sampaio quem entronizou José Sócrates, e já ninguém se lembra da descolonização apressada que Mário Soares incentivou para nos lançar nos braços de uma união europeia em que o próprio já não acredita!
Portanto se o assunto é reduzir despesa inútil por causa da dívida insustentável, talvez fosse melhor regressarmos à monarquia, fica mais barato, sustentamos só uma família, e é outro asseio. Sempre são oito centenários de experiência.. e alguns desses centenários até foram gloriosos. É uma sugestão.

Saudações monárquicas

Cronologia da república - 2ªedição - 12 de Outubro

  • 1910

Conflito entre o governo provisório e os membros do partido repúblicano português

Os carbonários exigem que o seu símbolo: as cores verde e vermelha com o escudo e a esfera sejam a bandeira nacional

  • 1911

Prisão de 142 monárquicos, na tentativa de derrube da república, no norte

Incursão de grupos monárquicos armados

  • 1916

É fechado o jornal açoriano “O Dia”

  • 1918

Tentativa parlamentarista de derrube da república em Coimbra, Évora e Vila Real

O governo suspende a constituição

Tentativa de derrube da república em vários pontos do País






Fontes

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


Já sinto a falta! Há uma semana que o Grão-Mestre Reis nada vermelhusca contra os reis. Tantos meses passados, e ele sem dizer algo que nos mereça uma resposta à altura... Dessas, fulminantes, expressas em trnacrições dos coevos da desgraça.
Será o tempo das conclusões. O silêncio foi a regra que pontuou a nossa argumentação. Somente... contra nós atelevisão, os cartazes, as efemérides, uma máquina terrível..
(Começou mais um Prós e Contra. A tropa presente é republicana. Amanhã haverá mais...).

Medalha de uma censura da Silva

Na imagem, o tal logo do"template de borla", que custou 20.000 contos

Pelos vistos, os comemoracioneiros não se entendem. A dupla sr. Silva (presidente organizador) e sra. Silva (presidente do júri) da Comissão regimentista das Comemorações, acabou de dar um golpe nas espectativas do escultor João Duarte, o vencedor do concurso para a medalha comemorativa da "coisa". Pelo que parece, o presidente sr. Silva e a presidente do júri, igualmente sra. Silva, não deram cavaco a João Duarte e assim, o escultor sente-se vítima de censura. Como se tal coisa fosse uma novidade em república... Censura existiu na 1ª república, tornou-se fera na 2ª e nesta 3ª continua a existir, através de mais um artifício: a omissão.

Cansado do presidente da Comissão, sr. Silva e da presidente do júri, sra. Silva, o artista diz que reclamará junto do presidente, prof. Silva. O da república.

Qual causa?

Era suspeito em ano de centenário da república os estarolas não terem um prémio qualquer. Sai um pacote. Devem seguir-se os da legião maçónica. Se eu não fosse monárquico depois de uma notícia destas convertia-me à monarquia.

A misteriosa 2ª república que "nunca" existiu


Uns garotos a jogar à bola, talvez o maior símbolo do regime. Ao fundo, uma construção que decerto não será uma bierhaus bávara, um challet da Côte d'Azur ou uma cottage no Yorkshire. Pois é, estes dois rapazes devem saber falar português e hoje em dia, serão uns senhores que já ultrapassaram os sessenta anos de idade. Um deles, até poderá ser presidente, deputado e quem sabe?, membro da Comissão oficial do Centenário da República. O outro, se a sorte o bafejou, estará a fazer pela sua vida no Futungo de Belas. Jogam à bola, matando o tempo. Ao fundo, ondeia uma bandeira, talvez a daquela 1ª e 3ª repúblicas, aqui vistas um tanto ou quanto anacronicamente. A da 2ª, não surge. Como seria ela? Às riscas? Às bolas? Em xadrês? Perguntem aos senhores da tal comissão: são pagos para isso mesmo.

Cronologia da república - 2ªedição - 11 de Outubro

  • 1910


Detenções por suspeita de jesuitismo em Almada

  • 1922

Greve geral de marítimos de longo curso

  • 1923

Pescadores e Armadores protestam em Lisboa contra o vandalismo espanhol em águas nacionais

Greve geral de marítimos de longo curso

  • 1924

É fechado o jornal açoriano “A voz do campo”





Fontes

domingo, 10 de outubro de 2010

Como nunca antes


Falo de algo absolutamente real, embora passe despercebido à maioria dos cidadãos. Os festejos do Centenário da República foram um verdadeiro fracasso. Esbanjou-se dinheiro, tentando entusiasmar o povo - ao mais puro jeito bairrista, clubista - mas o povo não correspondeu. E houve uma onda enorme de desobediência - as Escolas que também quiseram dar voz aos monárquicos nos debates que organizaram; muita Imprensa a manter o pluralismo democrático; autarquias a rirem-se da conversa, abrindo, como sempre, as portas ao Chefe da Casa Real portuguesa...
E sobretudo, o ânimo cm que tantos rumaram a Guimarães, no 5 de Outubro. Numa manifestação convocada apenas pela Internet e pelo «passa-palavra».
Como nunca antes, as entidades oficiais perceberam quanto desprezo o povo lhes vota. e estão já pensando como reagir. O SIS está em campo.

Correio da Manhã – Há monárquicos no PCP e no BE


Mais de 45% dos portugueses não sabem qual é o centenário que hoje se comemora e só pouco mais de metade está informado de que se trata da implantação da República. Este resultado surpreendente faz parte de uma sondagem da Aximage para o Correio da Manhã, que revela também que mais de 12% dos eleitores do BE e mais de 11% dos que votam no PCP dizem preferir a Monarquia à República.

Por:Paulo Pinto Mascarenhas / J.F.

Apesar do desconhecimento, a esmagadora maioria dos inquiridos (66,1%) responde que a República é actualmente o melhor regime político para Portugal. Ainda assim, a Monarquia aparece como a melhor solução para 12,1% dos portugueses, enquanto 21,8% não têm opinião.

O historiador António Costa Pinto diz ao CM que se espanta “que 12,1% escolham a opção monárquica”, mas que “isso pode estar associado a algum sentimento imediato de descrença em relação à actual República”.

Já o historiador Luciano Amaral defende que “não há hoje uma questão de regime”. Mais: “Em Portugal, a Monarquia caiu e os portugueses deixaram de se preocupar com isso, à excepção de uma minoria de monárquicos.”

Na sondagem, o PS é considerado o “partido que melhor defende os valores da República”, seguido do PSD (20,2%) e do CDS (8,5%). O PCP, com 6,4%, e o BE, com 4,2%, fecham o pelotão republicano. Tanto Luciano Amaral como Costa Pinto consideram ser normal, uma vez que “o Partido Socialista tem uma maior tradição republicana.”

Fonte : Correio da Manhã, 5 de Outubro de 2010

A monarquia e o futuro do país

No rescaldo das comemorações de 5 de Outubro, João Távora concedeu uma breve entrevista a Henrique Raposo. Algumas breves considerações sobre esta e sobre o crescendo do movimento monárquico no país impõem-se.

Em primeiro lugar, a constatação de que não se podem repetir os erros dos republicanos de 1910. Várias vezes, em diversos debates, tenho alertado para esta mesma situação que o João Távora muito bem assinala: "Concordo que há esse perigo: não nego a evidência de que os grandes males de que Portugal padece são profundos, e estão a montante da forma do regime. Os portugueses continuam viciados no assistencialismo e pouco atreitos a responsabilidades, parecem conformados com um medíocre destino cuja perspetiva não passa do amanhã. Cabe aos monárquicos, dentro das instituições existentes do sistema, estar a favor da mudança e do futuro do país, usando a liberdade que esta república, apesar de tudo, proporciona."

Não é porque se mude o regime, não é apenas porque passemos a ter um Rei como Chefe de Estado, que a situação do país vai melhorar automaticamente. É preciso ter cuidado com esta crença apocalíptica (no sentido de revelação) no progresso automático do país com a mudança de regime. A gestão de expectativas assume-se como uma vertente que os monárquicos necessitam de cuidar, para que não aconteça um fenómeno semelhante ao que aconteceu aos republicanos de 1910, ou seja, para que a teoria e os ideais não sejam, depois, completamente contrariados pela realidade e pela prática. Prometer uma melhoria automática das condições de vida e do desenvolvimento do país, fundada numa crença quanto à mudança de regime é uma utopia. Não acontecerá, e não é justo colocar sobre o futuro Rei esse peso, mas no fim deste texto deixarei mais alguns considerandos sobre isto.

Em segundo lugar, mais uma vez, João Távora assinala o longo trabalho que há a fazer, em termos de comunicação, particularmente pertinente no que concerne a misturar a religião Católica com o regime monárquico, um perigo que urge minorar: "Mas ainda há outro perigo: os monárquicos para quem a Causa não faz sentido sem uma colagem a uma ideologia política, normalmente ultraconservadora e que mistura outras vertentes como a religião e valores existenciais. Isso reduziria o sonho a um nicho de patuscos. São planos que urge separar!"

Já muitas vezes o tenho escrito ou dito mas nunca é demais salientar este ponto. Não é possível nem desejável misturar a religião e a Igreja Católica com a Chefia de Estado monárquica. Ainda que para alguns seja o que faça mais sentido, de um ponto de vista realista, independentemente das crenças de cada um - para mim, as crenças religiosas dizem respeito a cada indivíduo e a mais ninguém, sendo cada um livre de professar o credo que bem entende, mas não de o impôr aos outros por meio do monopólio da força legítima, ou seja, do controlo do aparelho estatal -, não é possível forçar esta combinação. Deitaria tudo por terra ao despertar um forte espírito anti-clerical em muitos sectores da sociedade portuguesa, daí surgindo fraquezas que os anti-monárquicos não hesitariam em explorar propagandísticamente, reeditando aquilo que fizeram no início do séc. XX. Ademais, vendo a questão por outro prisma, duvido que a própria Igreja Católica o deseje. Importa unir os portugueses e se já é difícil fazê-lo em matéria de crenças políticas, muito mais o é no campo das crenças religiosas. Há que haver um sentido prático e eficaz do que deve ser o futuro do país.

Por último, é quanto ao futuro do país que importa tecer algumas considerações. Como referi inicialmente, não é sobre os ombros do futuro Rei que deve repousar este peso, pelo menos na sua totalidade. É a toda a sociedade portuguesa. Tal como SAR D. Duarte no passado, o herdeiro ao trono já está a ser preparado para o assumir, e somos todos nós, portugueses, que temos de pensar no que queremos para o futuro do país. Isto passa, desde logo, por retirar peso ao propalado intuito de remover da Constituição da República Portuguesa (CRP) o limite material à sua revisão constituído pela alínea b) do Art.º 288.º, i.e., a forma de governo republicana. É que, o haver um Presidente da República, não implica necessariamente que haja uma forma republicana de governo, pois que república vem de res publica, que significa coisa ou causa pública. Esta foi teorizada desde os gregos e romanos, como ética a presidir aos actos da governação em qualquer regime. E essa ética, que tem no seu centro a representação dos desígnios do povo e a preocupação com a eficaz e transparente gestão da coisa pública, urge restaurar. Portanto, esta torna-se uma falsa questão, se tivermos em apreço o que recentemente referiu o Professor José Adelino Maltez no seu Facebook: "Ao contrário do que proclamam os monárquicos institucionalizados, sou capaz de demonstrar, pela hermenêutica simples de um aluno de direito constitucional, que a tal alínea b) do 288º não impede a chefia de Estado de caber a rei, que, de acordo com as leis fundamentais, desde 1385, está obrigado a "forma republicana de governo", dado que, no não-absolutismo, o rei reina, o povo é que governa."

Ademais, com a mudança de regime, teria que ser elaborada uma nova constituição. Para muitos, como é o meu caso, a actual CRP tem um cariz demasiado programático e falhas quanto ao desenho do aparelho estatal. Na tradição do constitucionalismo liberal, relembrando, como Sir Karl Popper, que em democracia o que importa não é saber quem manda, mas sim como limitar o poder de quem manda, torna-se urgente centrar o debate na discussão do papel do Estado, do desenho constitucional e das implicações deste, com um sentido prático e realista quanto ao futuro do país.

Iconografia republicana

As cores da Segunda República Portuguesa (1926-1974). 
TEIXEIRA, Luiz - Perfil de Salazar:  Elementos para la Historia de Su Vida y Su Tiempo. Escelicer: Cádiz / Madrid, s.d. [1939 ou 1940 ?]. Imagem retirada daqui.

Pela primeira vez desde 1910!




No âmbito do V Centenário da chegada dos portugueses ao Sião, está de visita a Bangkok - de 9 a 14 de Outubro -, o navio escola Sagres. Em cem anos de república, é a primeira vez que um navio da Armada sulca as águas do Chao Praya. Anteriormente a 1910, o jack da Armada Real era frequentemente visto diante do Wat Arun e do Grand Palace. Outros tempos, outra consciência da posição de Portugal no mundo.

Cronologia da república - 2ªedição - 10 de Outubro

  • 1910


46 padres presos no Limoeiro

82 padres presos em Caxias

233 freiras presas no Arsenal da Marinha

Destruição dos jornais “Liberal” e “Portugal” de Lisboa




Fontes

sábado, 9 de outubro de 2010

Uma proposta solidária



"Vaquinha" em prol de Ricardo Rodrigues e colegas, a ser preparada pelo Aventar, AQUI!

Para já, o Centenário da República propõe um cabaz de emergência:
Um pernil Pata Negra, uma caixa de Moet et Chandon, trinta frascos de caviar beluga, uma caixa com 20 embalagens de trufas em conserva, duas caixas de Cartuxa, bombons da Chouchoute Chocolaterie (para a hora da telenovela), 40 Kg. de carne congelada da Patagonia Meats, 10 Kg. de sushi congelado da Banzai Sushi Co., um sortido de Porto, Armagnac e whisky da Vintage Wines Co., uma caixa de queijos da Moose House (produzidos com o leite das vaquinhas Gullan, Haelga e Juna, do Reino da Suécia), 20 Kg. de camarão graúdo do Canal de Moçambique.

Sugerimos donativos para a elaboração de um contrato válido por cinco anos, a celebrar com Felipa Vacondeus, com o fim de prestar serviço permanente na cozinha do sr. deputado, seguindo fielmente as premissas da saudosa série "Cozinho para o Povo".

Aceitam-se mais sugestões.