sábado, 27 de setembro de 2008

S. Vicente de Fora em risco de desabamento

Falta de condições de segurança obriga ao encerramento da Igreja de São Vicente de Fora


A Igreja de São Vicente de Fora, um dos monumentos nacionais da capital e o local onde se encontra om Panteão dos Braganças, está fechada ao público desde o início de Agosto por falta de condições de segurança, devido a violentas quedas de estuque e argamassa no interior.

Em S. Vicente de Fora estão sepultados todos os Reis da última dinastia.

Depois do laxismo a que se votou o Panteão da I dinastia em Coimbra, onde se deixou o monumento alagar com 50 cm de água, agora é S. Vicente de Fora que se deixa cair aos bocados

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S. Vicente de Fora em 1933, por ocasião do funeral de D. Manuel II

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No exterior a população clama pela memória de D. Manuel II




(27 de Setembro de 2008)


No chão da igreja foram recolhidos destroços com mais de um quilo, resultantes do desprendimento de blocos de estuque, argamassa e fragmentos de tijoleira de uma altura de cerca de 20 metros, segundo informação da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRCLVT).

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O impacto de uma das derrocadas foi tal que um dos blocos, ao cair, partiu um banco e furou o chão de madeira do altar.


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Túmulos de D. Carlos e D. Luís Filipe, lado a lado


Segundo a DRCLVT, as quedas de estuque ocorreram a 26 e 30 de Julho, verificando-se outra na primeira semana de Setembro. O material desprendido espalhou-se pelo Altar Mor e Coro Baixo.

"Os danos verificaram-se em quadros brancos, no pavimento de madeira e na aparelhagem de som. Além disso foi-nos comunicado um ferimento numa colaboradora da Igreja", afirma a DRCLVT numa resposta escrita à Lusa.

Na sequência dos acontecimentos, a DRCLVT solicitou formalmente a 31 de Julho o encerramento do templo, cedido à Igreja para o culto.

A igreja apresenta várias infiltrações, devido ao estado em que se encontra a cobertura, o que originou as derrocadas.

Não é possível prever quando poderão ocorrer novas derrocadas, pelo que a utilização do espaço representa "riscos para pessoas e bens".

Não há previsão de reabertura, mas a Direcção Regional de Cultura apresentou, a 13 de Agosto, uma proposta de intervenção que aguarda apreciação por parte do Patriarcado. A metodologia de intervenção proposta prevê "medidas imediatas" de acautelamento de segurança para efeitos funcionais, estudos e projectos para reabilitação estrutural, projecto de conservação e obras, tanto no interior como no exterior.

"A Igreja só poderá ser reaberta após acauteladas as condições de segurança", diz a DRCLVT.

O templo centenário, dedicado ao padroeiro de Lisboa, é utilizado para cerimónias em que chegam a participar mais de mil pessoas, tendo a última grande manifestação ocorrido a 1 de Fevereiro de 2008, por ocasião do Centenário do Regicidio de D. Carlos e D. Luís Filipe , alí sepultados.É também muito procurado pelos turistas e escolas de todo o país para visitas de estudo.


MISSA EM MEMÓRIA DO REI


A igreja, cuja construção começou em 1582, foi edificada no local onde D. Afonso Henriques tinha mandado construir um primeiro templo também em honra de São Vicente.

Adjacente à Igreja está o Mosteiro de São Vicente de Fora, fundado em 1147 pelo primeiro Rei de Portugal, que assim cumpriu um voto ao mártir pelo sucesso da conquista de Lisboa aos mouros.

"Ergueu-se no campo onde jaziam muitos dos cruzados estrangeiros que haviam ajudado à vitória das forças portuguesas", lembra o guia de apresentação do Mosteiro de São Vicente de Fora, situado numa das colinas de Lisboa.


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Em 1945, à saída da Igreja de S. Vicente, após visita aos túmulos
do marido e filhos. Na mão, a inseparável bengala que a Rainha
crismara de «Catarina»

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S. Vicente de Fora no dia 1 de Fevereiro de 2008



Parece que a III Republica esta votada a deixar cair a História de Portugal..aos pedaços

fonte:
Aqui

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