«Um grupo de agricultores da Galiza derramou hoje mais 25 mil litros de leite de Portugal que estava a ser transportado para uma fábrica na região, num protesto para exigir um "preço digno" para o leite galego.
O incidente ocorreu quando um camião cisterna da empresa de Barcelos "A Fornecedora", que se dirigia para a fábrica da Corporación Peñasanta - de que faz parte a leitaria Larsa - foi travado em Lugo. A acção surge depois de manifestações, nos últimos meses, contra a importação de leite de Portugal a preços mais baratos que os praticados na Galiza.«
mais tarde no mesmo dia noticiava (aqui)
Sábado sem abastecer para lutar contra preços elevados dos combustíveis
Não abastecer os veículos durante o próximo sábado é a forma de luta que a associação de defesa do consumidor Deco está a promover contra o preço dos combustíveis. O protesto ocorre depois de, nas últimas semanas, as petrolíferas terem sido acusadas de não reflectirem nos preços a descida das cotações do crude.
...o que será de pouca relevância porque o barril já está nos 120 dolares e até ao final da semana..se calhar..até haverá "razões" para aumentar a gasolina e gasóleo
No entanto,em ambos os casos existe um padrão comum aos dois paises (Portugal e spanha) e a ambas as economias..a população, lentamente consciencializa ter o direito de tomar por si as decisões, que á Administração Central faltou a coragem ou o talento para tomar...trata-se, no fundo, do não reconhecimento da autoridade ou capacidade do Estado
Este fluxo e refluxo de contestações civis não estruturadas, ou a "cavalgar" o momento sem qualquer vislumbre do real impacto das suas acções não mais é do que a repetição daquilo que foi o sec XX europeu, onde regimes e governos implantados, por força da conjuntura ou por consequência de golpes de Estado (como o 5 de Outubro de 1910)depressa definhavam na mais pura contestação á autoridade do Governo eleito , na duvida sobre as reais intenções dos governantes ou partidos que os apoiavam.
Questionar o mercado (quer seja o do Leite e derivados ou o dos combustiveis) imputando responsabilidades e capacidade aos governos nacionais é uma directa consequência da fraca consciência daquilo que é um mercado por parte da população e uma falha grave nas funções reguladoras do Estado.
caricatura de 1925 «quem me dera ser aquele...e saber o que sei hoje»
Na decada de 20 do sec XX português não havia pão e a população definhava sob o espectro da fome, o próprio Presidente Sidónio Pais viu-se obrigado a regular o mercado do pão impondo preços fixos...em apenas 11 anos o regime saido do 5 de Outubro evidenciava as feridas sociais da sua falta de capacidade.
Se em 1910 lutava-se (ou julgava-se lutar) por um hipotético regime sem falhas sociais, passados 10 anos lutava-se por uma razão muito mais real..pela sobrevivência ou mesmo um pedaço de pão...e quase 100 anos depois permanecemos a lutar pela sobrevivência
Tal como os telegramas alemães enviados para o quartel general em 1918, já no final da I grande Guerra..."a oeste nada de novo"
Também neste pequeno rectângulo .."a oeste nada de novo"..o vento atlântico continua a soprar e nós continuamos convencidos que podemos sobreviver a um regime inapto
bem haja
3 comentários:
"Questionar o mercado (quer seja o do Leite e derivados ou o dos combustiveis)[...] é uma directa consequência da fraca consciência daquilo que é um mercado por parte da população[1] e uma falha grave nas funções reguladoras do Estado.[2]"
[1]estúpido povo, que no mercado só vai às couves
[2]dar porrada
"Questionar o mercado (quer seja o do Leite e derivados ou o dos combustiveis)[...] é uma directa consequência da fraca consciência daquilo que é um mercado por parte da população[1] e uma falha grave nas funções reguladoras do Estado.[2]"
[1]estúpido povo, que no mercado só vai às couves
[2]dar porrada
E na monarquia é que havia fartança de comer. Era bife todos os dias!
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