sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Ensino em Portugal: As contas da degradação republicana
Um dos argumentos republicanos para a expulsão dos jesuítas era de que dominavam o ensino em Portugal e impediam a difusão do conhecimento condenando o nosso país a um grande atraso. Para além disso, enchiam as cabecinhas das crianças de ideias conservadoras e, pasme-se, religiosas (que iriam dificultar a manutenção do poder pelos republicanos). O Marquês de Pombal teve exactamente a mesma atitude relativamente aos Jesuítas. Sabe-se hoje, porque a historiografia foi dominada durante demasiados anos por historiadores com simpatias republicanas e socialistas, que o ensino em Portugal ficou mais pobre com a expulsão dos Jesuítas. Henrique Leitão, em livro publicado recentemente, demonstra que a ‘Aula da esfera’, no colégio Jesuíta de Santo Antão (actual Hospital S. José), ensinou ininterruptamente durante 200 anos a alunos portugueses a mais avançada matemática, astronomia, náutica e outras áreas técnicas, recorrendo aos maiores mestres europeus da época.
Como refere a Biblioteca Nacional ...local único de ensino e aplicação de algumas disciplinas emergentes como a Estática, a Mecânica teórica, ou a Óptica geométrica; o Colégio de Santo Antão era um centro de investigação verdadeiramente internacional que sempre beneficiou dos recursos e contactos da rede da Companhia de Jesus em que se encontrava integrado. O resultado da decisão do Marquês de Pombal foi o encerramento deste e de outros locais de ensino de elevada qualidade.
Da mesma forma, ainda está por fazer o levantamento dos estragos no ensino português causados pelos republicanos após 1910. A propaganda republicana dá grande destaque à obra na educação mas esquece propositadamente as escolas fechadas pelos republicanos e a qualidade do ensino que aí se praticava. O ensino em Portugal é republicano há 100 anos e a aposta na mediocridade continua a ser fundamentada num igualitarismo primário que só prejudica o desenvolvimento de Portugal. Até quando?
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Centenário da República,
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5 comentários:
"Sabe-se hoje, porque a historiografia foi dominada durante demasiados anos por historiadores com simpatias republicanas e socialistas, que o ensino em Portugal ficou mais pobre com a expulsão dos Jesuítas."
Olhe veja lá que não sabia desta. E esta hein?
Realmente o ensino retrógrado dos jesuitas baseado não na ciência e nos conhecimentos mais vanaçados da época mais sim na Biblia eram de facto melhor do que o ensino que obrigava os alunoa terem espirito critico, a pensar, a APRENDER e a serem racionais.
Acho que toda a gente devia estudar em colégios de fereiras e padres (consuante o sexo de cada um evidentemnete!).
Estes historiadores republicanos...olhe são o mal do nosso país é o que é!
Caro 'espacial',
Se tivesse estudado num colégio de freiras ou de padres, como diz, teria ficado a escrever correctamente e talvez tivesse aprendido uma visão menos sectária da História que a que possui. Para aprendermos devemos, antes de mais, ler o que dizem as várias perspectivas. O caro 'espacial' só agora está a tomar contacto com outra visão que não aquela que lhe incutiram na sua cabecinha desde que nasceu. Esse é que é o seu ideal de ensino e o espirito crítico que defende? Não me parece ser, mas é o que pratica com base no ensino republicano.
Parece-me mais ao contrário.
Os colégios de fereiras é que nos fazem aprender só aquilo que a igreja acha que devemos aprender.
Ao menos nas escolas e colégios normais aprendemos tudo.
Quanto á visão sectária da história devolvo-lhe a critica.
Espacial, vá a um colégio de freiras e vai ver que não é assim. Eu andei num até á terceira classe e sei do que falo.
Mas não vá a colégios de 'fereiras', porque aí nem aprende a escrever.
hahahahaha.
Vou para um colegio de fereiras aprender o que me diz um livro poeirento cheio de interpretações de coisas que aconteceram á milénios e de forma totalmente diferente daquilo que foi escrito, pois na altura não se sabia nada de ciência ou astronomia.
Es mesmo triste ó padreco.
Fizeram te mas foi uma lavagem ao cerebro desde pequeno.
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