sábado, 26 de junho de 2010

Mário Soares em passeio pelo Minho


Há coisas que custam a acreditar, mas se o João Amorim diz, é porque é verdade. Mário Soares homenageado nos Arcos!!!
Com certeza, textos seus como o de seguida revelado não deixarão de ser recordados em tal homenagem. Sob pena de a mesma não partir de minhotos, mas de alguém que adquiriu algum espaço (transitóriamente, decerto) no Minho:
«Camaradas:
O Partido Socialista, que é um partido essencialmente de trabalhadores e tem uma base operária muito forte, não está disposto a inflectir as suas orientações programáticas e a vir a er uma prática política centrista para facilitar um jogo oportunista de alianças, a que necessáriamente conduziria um novo governo de coligação. Por isso decidimos pôr o eleitorado perante uma opção extremamanete simples: ou vota em nós, de forma a podermos governar sozinhos, segundo o nosso próprio programa, asumindo por inteiro a responsabilidad da reconstrução económica nacional e da integração futura na Europa (...) ou passaremos à oposição para aí continuarmos a liderar, coerentemente, as justas reivindicações do mundo do trabalho».
É evidente que nada disto tem a ver connosco. As estratégias e as tricas partidárias, de ontem e de hoje, são para quem habita esse estranho - dizem que rico - mundo dos partidos políticos. O que importa, somente, é ter bem presente que o homem que em 14 de Março de 1976 assim perorava, pode muito bem, em 26 de Junho de 2010, nos Arcos de Valdevez, ensaiar qualquer disparate sobre a Ética republicana. Ou difamar a Monarquia.

1 comentário:

Anónimo disse...

O rio Vez tem os seus perigos... Uns poços profundos onde se perde a voz de vez.
Não há notícias de lá?

M. Figueira