Exilado pelo salazarismo a 16 de Setembro de 1935, por seis meses, por ter criticado publicamente a política colonial do regime.
Polícia de Vigilância e de Defesa do Estado (mais tarde P.I.D.E.) – “Certificado de viagem” com que Henrique Paiva Couceiro saíu de Portugal para o seu último exílio em Espanha. Ia fazer 77 anos! Mesmo assim foi tratado por Salazar como o pior dos criminosos…
A carta que escreveu a Salazar a 31/10/1937 e que lhe valeu esse derradeiro exílio pode ser lida no link seguinte:
http://www.angelfire.com/pq/unica/ultramar_1937_paiva_couceiro_ultramar.htm
Fonte : Miguel Paiva Couceiro
5 comentários:
Salazar Monárquico ? P... que o pariu !
Muitos gabarolas fazem questão de impor aos outros a aplicação de títulos antes do nome, tais como: Dr., Doutor, Prof., Eng., Arq., Dom, etc.
No caso de Henrique Mitchell de Paiva Couceiro, e dado o seu testemunho de vida, são os outros (i.e. todos nós) que estamos obrigados a colocar-lhe O título antes do seu nome. A partícula é a que sempre uso para me reportar a este grande português e exemplo para todos: O HERÓI.
Bem lembrado aqui no CR!
O nosso Tenente por cá?
O que tem feito deste o nosso último encontro no 31?
Caro Tenente: essa sua espada ainda está para combates? Então volte mais vezes.
O seu lugar é aqui, a fazer a guarda ao Rei.
Paiva Couceiro foi a imagem de marca do Integralismo Lusitano.
O que Paiva Couceiro tinha em excesso de patriotismo turvou-lhe, na minha humilde opinião, o raciocínio estratégico para uma possível restauração, o episódio da monarquia do norte é por mim entendido como isso mesmo, um erro quem tem tanto de heróico como precipitado, em particular em pleno golpe ao sidonismo.
Paiva Couceiro e as juntas militares condenaram a monarquia ao divisionismo nos últimos anos da I república o que levou ao aparecimento de Salazar como alternativa única.
Reconheço patriotismo e coragem ao heroi do ultramar condecorado que foi Henrique Paiva Couceiro, mas entendo que deveria ter escutado D Manuel, talvez a história de Portugal tivesse sido bem diferente.
Reconheço-lhe também, a ele e aos outros integralistas, a vontade de lutar contra o Salazarismo, pagaram por isso, foram condenados ao ostracismo mas mantiveram-se fieis às suas convicções.
Sempre tive Paiva Couceiro por um D Quixote, por todas as razões boas e más (se é que existe mal na figura de D Quixote), mesmo com 77 anos continuou a sua luta como se ainda fosse jovem, não necessitava disso, é uma figura incontornável da nossa história e deveria ser recordado; Pulido Valente deixou um registo honesto (na minha opinião) do que foi este homem, merece ser lido.
Eu, que sou republicano, presto-lhe a minha homenagem.
Rua/Largo/Praça Paiva Couceiro...a própria República não o deixou esquecido!
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