terça-feira, 2 de março de 2010

Importa-se de explicar? ... e qual tem sido o "exemplo" da República?

Para a história que se faz hoje tudo isto, por mais desagradável que seja para um discurso comemorativo e legitimador, é quase consensual. Opor a este consenso entre os historiadores um discurso oficial de sinal contrário e patrocinar investigações que apontem noutro sentido é uma insensatez. São as novas Cortes de Lamego da legitimação pela falsificação.

Se bem que não devamos esperar que na consciência colectiva a história ocupe o espaço que ocupou na mente das gerações que andaram na escola no tempo da pátria e do império - o antigo regime conseguiu um discurso histórico coerente e influente - a história conserva alguma importância.

Era bom recordar que a dicotomia monarquia/república é muito menos importante que a dicotomia poder absoluto/regime constitucional e que a mudança principal na nossa história política não foi no 5 de Outubro: foi quando D. Miguel embarcou em Sines para Viena. Um facto que, no antigo regime, Governo e oposição tinham interesse em ocultar.

2 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

João, este texto do Saldanha Sanches é muito inovador, pelo menos para uma certa área política. consiste num caro ataque ao regime do 5 de Outubro e aos que se lhe sucederam. Pouco a pouco, vamos derrubando as barreiras e isso é o que importa.

João Amorim disse...

E onde está o "exemplo" da República?