(...) em 1909, isto é, antes da revolução republicana, se atinge, com o número de 173, o ponto mais alto até aí alcançado pelo movimento grevista em Portugal.
(...)
O muito elevado número de greves após a revolução republicana mostra que a República não dominou o movimento operário, mas sim que este, sem organização forte, sem objectivos politicos, sem um partido politico que disputasse o Poder, não conseguiu traduzir no nível político a inegável influência que exerceu no plano social. E como não conclir o mesmo em relação ao conturbado ano de 1917, em que nas 256 greves contabilizadas em três trimestres se atinge o número de 268.000 grevistas?
(in José Manuel Tengarrinha, «Estudos de História Contemporânea de Portugal», Editorial Caminho, pág. 83.)
Contribuição João da Ega directamente da caixa de comentários
Sem comentários:
Enviar um comentário