domingo, 7 de março de 2010

Carta enviada da cadeia do Aljube do Porto por um "Cadete d' El Rei com 24 anos, combatente na Monarquia do Norte:


«Minha querida...: Espero que aí estejam todos bem. (...) Não me tem faltado sofrimento e preocupações, mas o que mais me tem apoquentado é a saúde e o bem do meu querido Pai e de vocês duas, minhas queridas irmães. (...) comida horrivel, imenso indigesta, o que me faz andar todo este tempo muito incomodado d estômago (...) As... foram as únicas senhoras que conseguiram vir-me ver e falar comigo, o que muito estimei e bem agradável me foi após tantos dias de estar separado quase do mundo (...) a falta de limpeza é que é um martírio (...) não calculas como nosé, a nós, agradável e consolador receber provas de afecto e simpatia nas nossas condições (...) O pior é que além de estarmos como estamos, volta e meia desaparecem coisas e gasta-se um dinheirão para passar razoavelmente. Tudo é pago e pesado a dinheiro (...) Ignoro a sorte que o Destino nos reserva. Ora temos esperanças ora não (...) Diz ao querid Pai queestou bem, sossega-o a meu reseito (...)

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2 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Mas o quê?!!!! Durante o costismo houve presos políticos.?!!!!
É melhor avisarmos o Cavaco e a Comissão "Nacional". Andam enganados, coitadinhos... E a gastar tanto dinheiro!

Bravura Lusitana disse...

Lamentável como esta parte da História da I república tem sido encoberta pelo regime.