«E ouçam V. Exas. Em Dezembro de 1914 estava no Poder um governo saído do Partido Democrático, governo presidido pelo Sr. Vítor Hugo de Azevedo Coutinho e de que eu tive a honra de fazer parte. Contra êsse partido, contra êsse Governo levantou-se a mais feroz guerra por parte dum partido constitucional da República, o Unionista, acusando-se o Sr. Dr. Manuel de Arriaga de ser parcial para com aquele partido. O Sr. Dr. Manuel de Arriaga numa conversa que teve comigo - e desde que se trata duma conversa política, ela pode ser divulgada - disse-me estas palavras: - "Que querem êstes homens que eu faça? Atacam-me como foi atacado o rei Carlos! Esta lei maldita (era assim que êle denominava a Constituição) não deixa fazer nada!"»
Palavras do deputado Barbosa de Magalhães (Ministro da Justiça no governo dos Miseráveis, que durou um mês entre Dezembro de 1914 e Janeiro de 1915), acta da sessão de 30-07-1919 da Câmara dos Deputados da República Portuguesa.
Palavras do deputado Barbosa de Magalhães (Ministro da Justiça no governo dos Miseráveis, que durou um mês entre Dezembro de 1914 e Janeiro de 1915), acta da sessão de 30-07-1919 da Câmara dos Deputados da República Portuguesa.
1 comentário:
Os miseráveis de Vitor Hugo...
Logo a seguir lá viria o unionismo para depois aparecer Pimenta de Castro, mais um "salvador da pátria ditador" vindo do exército... Seguiu-se mais uma "junta" que viria a ser procedida pelo "panfletário João Chagas até chegar ao duo maravilha regressado em todo o seu esplendor, Afonso Costa, Bernardino Machado.
Moral da história, mais perseguições ao clero, à oposição Republicana, aos monárquicos, enfim, a tudo o que pudesse pôr em risco o poder absoluto dos senhores da "formiga".
Até que veio a grande guerra, La Lys e claro, as aparições de Fátima e o messias Sidónio !
1 Ano até levar com um tiro no Rossio teve o pobre e caudilho Sidónio, vem daí governa um monárquico, Canto e Castro, sol de pouca dura; mais uma vez, umas "juntas" desta feita monárquicas com legitimistas, liberais e integralistas, uns para cada lado, os leais a D Manuel, prudentes e os estacionados na Galiza que viriam por aí abaixo para içar a bandeira azul e branca nos passos do concelho do Porto, nada mais nada menos que os "trauliteiros de Paiva Couceiro"
Por um mês tivemos a "real cidade do Porto" durou pouco, em Monsanto foram três dias que se aguentou Aires de Ornelas...
A grande parte dos meus amigos cá do Burgo reuniram em congresso este fim de semana, teve lá o vosso (por enquanto) El' Rei; pergunta que eu faço, houve por lá algum grito de "go on", vai haver D Quixote montado num cavalo vindo da Galiza para restaurar o Reino, vão haver tiros na rotunda ou cairá a jacobina república de podre ?
Eu cá estou com o Professor Adelino Maltez "importa restaurar a República" antes de tudo, depois, logo se vê !
Um abraço.
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