O texto transcrito de seguida é da autoria de Ramos de Almeida.
Datado de quando? A propósito de quem?
Responda quem souber...
«A eleição presidencial de... vem demonstrar o divórcio entre os dirigentes do maior partido da República e as suas próprias comissões populares. Enquanto estas, tal como em ..., apoiam a candidatura de ..., aqueles combatem-na, adiando a solução do problema político, cuja acuidade se tornara premente. Batido pelo candidato oficial do partido democrático, ... traça o quadro da decadência do regime, certo de que "por estar decidido a fazer uma política nacional, com continuidade e energia, não fora eleito".
Realmente assim sucedeu. Os leaders do Partido preferiram um literato e um diplomata - de valor, é certo - que pouco ou nada conhecia dos meandros da política e das reivindicações concretas do Povo, ao político experimentado e lúcido, que conhecia como nenhum outro a política nacional, como nenhum outro penetrara pelo pensamento e pela acção no sentir do Povo, através do conhecimento mais perfeito das suas necessidades e das suas causas».
Dão-se pistas acerca das entidades em causa:
a) - Mário Soares.
b) - Aníbal Cavaco Silva.
c) - Freitas do Amaral.
d) - Afonso Costa.
e) - Otelo Saraiva de Carvalho.
f) - Bernardino Machado.
g) - Meneses Alves.
h) - Teixeira Gomes.
i) - Francisco Louçã.
j) - Craveiro Lopes.
19 comentários:
João Afonso,
Esqueceu-se de uma alínea:
l)Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
e o vento nada me diz.
Filipa:
Só para aumentar a confusão, e mantendo o estilo épico, aí vai a quintilha:
Portugueses seculares,
Nosso povo vitorioso,
Império dos mares,
Um futuro radioso
Só com o velhos Soares.
Craveiro Lopes ou Teixeira de Sousa?
Caro Francisco:
Craveiro, político experimentado - não. Literato - também não.
Teixeira de Sousa, literato não. Experimentado - também não.
Faça lá mais uma tentativa...
Se me permitem seguir o raciocínio de Filipa Jardim:
"Pergunto à gente que passa
Por que vai de olhos no chão
Silêncio é tudo o que tem
Quem vive na servidão"
Estudou Medicina, mas desistiu do curso.
Diplomata..
Escritor...
Partido Democrático.
Teixeira Gomes
Decadente! Decadente!
Mas nunca mais cai!
Maria da Fonte
Se me permitem seguir o raciocínio de Filipa Jardim:
"Pergunto à gente que passa
Por que vai de olhos no chão
Silêncio é tudo o que tem
Quem vive na servidão"
Estudou Medicina, mas desistiu do curso.
Diplomata..
Escritor...
Partido Democrático.
Teixeira Gomes
Decadente! Decadente!
Mas nunca mais cai!
Maria da Fonte
Viva Maria da Fonte:
quer-me parecer que a coisa esteve mais complicada: as comissões populares queriam, senão o Otelo, pelo menos o Louçâ. Do lado da Cultura surge o Alegre. Mas depois ganhou o candidato do maior partido: terá sido o Cavaco ou o Soares? Não faltará aqui o Sampaio?
É que em 100 anos eles foram às dúzias...
Isto cheira-me a conspirata do Meneses Alves.
M. Figueira
Não pode ser o soares, não é o fretias, só pode ser o bernardino, mas esse até era experiente, em bandear-se de lado!!!
Cara Maria da Fonte,
Pode, como sempre, seguir o meu racíocinio.
É um gosto reencontrá-la por aqui. Já são uns meses largos de lides, (com roupagens mais cénicas é certo :)).
Quanto às estrofes, não nos falte inspiração...
Entre o passeio da estrela,
à sombra do junqueiro
Literatuta quanto baste
e decretos?
Começou em Maio,
não chegou a Janeiro.
Cumprimentos,
Filipa V. Jardim
Caro Francisco:
Porque não o Freitas? Foi MNE e até escreveu uma peça de teatro e a biografia de D. Afonso Henriques.
Foi derrotado nas Presidênciais pelo Soares e fez-se ao piso a uma outra eleição, mas foi preterido pelo PS, a quem se estava a chegar claramente.
Ora porque o Freitas é uma político experiente, é o mais próximo do bernardino dos dias de hoje...
Continuo a achar que é o Teixeira Gomes...
Já agora, segundo a outra organização do centenário e a INCM, qualquer dia vamos comemorar apenas os 35 anos da república, ou quem sabe o 28 (desde 82)... http://www.centenariorepublica.pt/conteudo/exposicaoresistencia e http://www.incm.pt/site/loja?type=produto_detalhe&codigo=101890
Caro Francisco: uma verdadeira vergonha!
Já mandei um mail para o outro Centenário:
Bom dia!
Gostaria de aqui deixar o meu protesto pelo V/ blog fechado e inacessivel ao público em geral.
Quanto ao esquecimento da II República, deixo aqui duas questões que gostaria fosse divulgadas e respondidas:
a) - Se os 48 anos de Ditadura não se incluem na República, como comemora esta 100anos?
b) - O Gen. Humberto Delgado, foi ou não candidato à Presidência da República) Antes de 1926? Depois de 1974?...
Agradeço antecipadamente a V/ resposta que decerto contribuirá para o apuramento da verdade histórica.
Com os melhores cumprimentos
João Afonso Machado
VAMOS LÁ VER SE ELES RESPONDEM.
Quanto às suas conjecturas sobre os mencionados no texto, a coisa está a tomar forma...
Acho que acertei! Deve ser a Arlete Vieira (?) que foi candidata a Belém pelo POUS (?)....
Cara amiga Filipa, com a pista que deu pode ser o Teófilo Braga, o Mendes Cabeçadas, o Spínola,
Caro Nuno: a patriota do POUS era (é?) a Carmelinda Pereira. A inseparável do aires Rodrigues.
Caro Francisco:o texto de Ramos de Almeida foi lido numa evocação do Bernardino em 1951. E orador lamentava a preferência do Partido por Teixeira Gomes, literato, em detrimento do experimentado Bernardino.
Não sei o que o Alegre dirá disto e eu próprio já não sei em quem confiar e em quem votar: no nosso bardo ou em alguém mais especializado em números...
Só podia, mas olhe tudo depende da lei do casamento homossexual... provavelmente o meu voto vai dizer "S.A.R. El-rei D. Duarte II"
Tenho um antigo secretário de junta e companheiro de partido, que faz sempre isso nas presidenciais.
Caro Franciasco RB,
Por acaso estava a pensar, concretamente, no Teófilo Braga.
De todos eles, um merece-me uma especial atenção, por o considerar uma boa pessoa, assim como a descendênca que tenho o gosto de conhecer: Manuel de Arriaga.
Recordo aqui o seu filho, um contador de histórias, com os bolsos cheios de rebuçados, que fazia as delícias da miudagem, nos dias de nevoeiro, na praia.
Filipa:
Arriaga, bom homem, era um desiludido com a República. Em 1915na carta que escreveu ao Gen. Pimenta de Castro, pedindo-lhe para formar governo, referia a «amaldiçoada barafunda em que as paixões sectaristas e a intolerância dos velhos costumes tem envolvido esta nossa querida Pátria». Após o derrube do Governo de P. Castro, também ele resignou ao cargo de PR.
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